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quarta-feira, 20 de abril de 2022

A estrada até aqui

Eu detesto mudanças, e quando era mais novo eu tentei ser a melhor versão possível de mim todos os dias a cada segundo. Até que um dia eu conheci uma garota, cara, ela mexeu comigo.... Existem 3 coisas que me chamam atenção em uma mulher à primeira vista: o cabelo cacheado, a altura (altas), e o olhar (algumas tem ódio que queima mais que o inferno); todas as outras me cativam por méritos próprios e individuais. Mas essa menina fez diferente, ela tinha essas 3 características e me cativou pela música, depois ela pegou meus CDs que queria, e fez como diria naquela letra da banda Pedra Letícia, e Ela Traiu o Rock and Roll, me deixou, partiu e nunca mais voltou... Os detalhes não lhes dizem respeito hoje meus nobres confrades, apenas basta saber que isso doeu e me mudou muito mais que o necessário, e desse dia em diante, eu abandonei a "melhor versão de mim mesmo". 


Com muita dor eu segui em frente, alguns anos depois eu também parti, mas ao contrário dela, eu mudei de estado contra minha vontade. Por motivos familiares, recomeçamos; por motivos egoístas, fomos abandonados; por instinto, sobrevivemos. Quando tudo parecia estar indo bem, eu passei no vestibular de uma universidade pública, depois de conversar com minha mãe, eu decidi fazer o curso, com muita raiva, frustração, e ódio na "dose certa", eu concluí... E conheci outra garota, fiquei confuso, mas ela tinha algo diferente no olhar, e um pouco depois (e tarde demais) descobri que ela era bem parecida com aquela, porem com a diferença dela ser um furacão desgovernado queimando a própria essência em doses que eu só tinha usado pra não agredir um ou outro professor na graduação... Meu eu do passado disse "corra enquanto é tempo", e o meu eu de hoje disse "é ela". Juro que ainda não entendo que sentimento foi aquele, afinal eu passei por um momento em particular que me travou (e traumatizou de leve) em vários sentidos.... Sinto que eu beijei o sol e não me queimei, sinto que abracei um buraco negro e fui reenergizado, sinto que por 130 dias ela foi minha maior força e principal fraqueza. Também não vos interessa os motivos de nossa separação, apenas que usei toda a frustração, raiva e tristeza como combustíveis. Nesse momento de minha vida eu havia acabado de passar no mestrado que hoje estou a poucos meses (se não semanas) de concluir, usei todos esses sentimentos citados e outros diversos para suportar a recepção dura, o cruel início da pandemia longe da família, ao ponto de que quando esse combustível acabou, tive minha primeira crise de pânico e nos meses seguintes (até o presente momento) me encontro sem forças, e voltando a sentir meu corpo e suas dores. Em parte, conclui que não devo mais ignorar meus sentimentos nem tão pouco sufocar outros, porem se não o fizer, não sei se terei forças para prosseguir. E no auge de minha decadência intelectual, aquela que foi um dia a mais bela das estrelas colapsadas da minha noite de límpido céu ressurgiu. Curiosamente com um brilho mais intenso e tristemente mais distante. 

Atualmente resido na residência estudantil de minha cidade natal, e ela (ainda mais) recentemente também.

 

O lugar é simples, e nos fornece o básico para nossa existência. Mas enquanto eu me agarrei como pude na insolidez dos sentimentos sufocados, ela belamente abraçou carinhosamente a consistência da brisa e segue voando sem rumo para o futuro que ela aprendeu escolher. Mas coisas assim a residência estudantil não nos fornece. Fico feliz pela liberdade adquirida, pela inspiração que lhe permitiu desbravar o amanhã (mesmo com medo) e dar o primeiro passo. Infelizmente ainda me encontro em cárcere privado dentro de minha própria solitude. Pobre de mim, artista sem arte, poeta sem palavras, cientista acorrentado na inercia de si próprio. Não por causa dela (por favor), mas por ter tocado o sol um dia, hoje o frio da vela me atormenta. Isso e muitas outras coisas mais me desalinham e me impedem de escrever sobre a “ciência cientifica cientificamente” como devo.

Um dia eu abracei um "por que?", e me tornei filho, pai e padrasto dessa resposta. Dói não ser capaz de responder e mais ainda de não conseguir balbuciar a dita resposta com as devidas sentenças poeticas e cientificamente corretas. Não derramo lagrimas a mais de uma década por diversas causas, mas principalmente por causa daquela que nunca mais me devolveu meu CD preferido de Raulzito. E invisíveis, são as lagrimas nascidas e aqui professadas dessas súbitas, repentinas e fortes comoções. Sentimentos esses que me afogam com ar, me embriagam de sobriedade, limpam minha mente com informações, inundam meus dados com a escassez do nada e que não importa quantas vezes eu fuja de mim sempre me traz de volta para mim mesmo, frente a frente com um espelho que apenas reflete o ontem e o amanhã. É horrível...


Espero um dia me libertar dos pesos e das magoas que hoje me prendem a esse vazio que não me pertence, e eu possa enfim escrever sobre aquilo que existe em mim...

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

desabafo para mim mesmo

Eu estava assistindo aquele filme: Primeiro da Classe (Front of the Class; 2008). E como quando começamos a pensar de forma construtiva, não conseguimos parar...

Sonhos, dedicação, amor, raiva...

Sonhos são máquinas do tempo, que nos levam na melhor das hipóteses ao futuro.

Dedicação é uma dose leve de obsessão, que pode nos colocar no caminho certo para nossos sonhos ou pesadelos.

A raiva é a consequência quase natural da frustração, do medo, da incerteza conosco e com o mundo.

E o amor é um veneno letal ao ser humano, ele pode ser administrado em doses pequenas ao longo de nossas vidas e nos fazer mais fortes, ou pode invadir nossa racionalidade e transformar tudo em caos e destruição, nos levando a raiva e confrontos internos e externos.

Quando o amor colocamos nas mãos de uma deidade, estamos afirmando que somos quem somos, porque nossas crenças e a de nossos antepassados nos trouxeram a essa conclusão que deve ser apreciada e amada.

Quando colocamos o amor nas mãos das pessoas, estamos jogados a incerteza de um jogo de probabilidades e estatísticas tão imenso quanto a própria existência. Pode dar certo, ou pode dar errado, a única certeza (quase) absoluta é que tem boas chances de ser marcante, e isso não é bom nem ruim.

Algumas pessoas dizem que existem sete palavras gregas para definir o amor, mas isso é parcialmente mentira, porque elas existem até hoje, caso contrário não compreenderíamos seu significado. A questão dessas palavras é que através do tempo e das culturas, nós mudamos.

Amamos muitas pessoas durante a vida, como vizinhos, amigos, irmãos, pais e mães; todos são diferentes tipos de amor que tem no verso de sua face, um fragmento de raiva.

O amor para manter-se fiel a suas crenças, o amor para ser obstinado em seus sonhos, o amor para existir da melhor forma possível em uma interação interpessoal a milênios cacofônica...

Ao mesmo tempo o amor é supervalorizado, fazendo parte de contos e histórias que podem definir vidas ou seculos, assim como o bater de asas de uma borboleta.

Ter a capacidade de sentir e racionalizar é realmente uma benção, mas a inabilidade de dominar nossos instintos, é o que nos prejudica mais, afinal, não aceitamos que podemos falhar por nossa própria culpa. E a culpa nos mata aos poucos, de remorso, arrependimento, frustração, e muitos outros motivos...


Não foi um filme que me fez pensar nisso, foi um filme que me fez querer cuspir para fora, tudo o que já estava preso. É como um estalar de dedos, que traz e leva a inspiração. Apenas um segundo é necessário para vermos dentro de nós mesmos, tão fundo que nem mesmo o mais denso escuro e abissal abismo interior possa apagar esse fragmento que logo em breve será apagado. Isso pode acontecer quando observamos uma formiga, vemos um dos raros pássaros voando, ou apenas nos calamos e admiramos nosso silêncio sem pesar em nada. Eu assim como toda a humanidade, tenho o costume de me culpar ou culpar os outros pela causa e feito que nós causamos ao mundo e as pessoas.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

como deletar linhas no word

 Essa é a dica que eu sempre quis e nunca achei...


atalho para deletar


Eu sempre fiz manual, mas agora vou deixar salvo aqui pra um futuro não tão distante... mas supondo que esse site caia no futuro:

- ~ -

Para "excluir linhas em branco", estamos falando principalmente sobre os caracteres especiais para substituir dois parágrafos vazios sucessivos, ou seja, substituir ^p^p por ^p

E antes de você perguntar: não, não funciona para substituir ^p por uma substituição vazia, porque ^p corresponde a um retorno de carro e não a um parágrafo (ou seja, ele substitui todos os retornos de carro em um documento, transformando-o em um texto longo).

Tensei Shitara Slime Datta Ken

Pois então... nessa madrugada me deu a vontade de ler a light novel, e o que temos em portugês são aproximadamente 226 capitulos.
Então como minha leitura é diferenciada, decidi organizar tudo o maximo possivel pra agilizar.
Essa organização não é por volumes, mas a cada 100 capitulos.

(07/01/2021) capitulos 001-100
(08/01/2021) capitulos 101-200
(08/01/2021) capitulos 201-300
(08/01/2021) capitulos 301-408

FONTE:

domingo, 27 de setembro de 2020

Pandemia, universidade e RPG

Nem te falo sobre como é difícil tentar estudar em casa, ou vivenciar um fato histórico como a pandemia... Mas esse tempo no geral pode ser desperdiçado ou aproveitado de formas diferentes e criativas; eu por exemplo consegui entrar no mestrado cerca de 6 meses antes da pandemia começar com força total, e agora estou em uma “crise de pensamento linear” quando se trata de pensar sobre meu tema, trágico, porem real...

Nesse meio tempo achei divertido começar a aprender RPD de mesa pelo sistema D&D 5ªed., o que foi muito bom.

Nesse ponto, decidi mestrar para as colegas e amigos do meu Instagram por postagens através dos Storys... Aqui vou postar alguns resultados dessa micro aventura.




segunda-feira, 10 de julho de 2017

JOGO Cavaleiro das estrelas

Certo dia um musico do município de Paulo Afonso-BA junta alguns amigos nerds pra gravar seu primeiro clipe musical não acústico...



E após um recesso, sem nenhuma pretensão, o grupo se junta para subir mais dois degraus... Um filme independente e um jogo para computador.



Feito a passos lentos e dedicados, o jogo assim como o filme, contarão a historia estendida do clipe.

AGORA, se você também quer dar mais algumas risadas com o grupo na continuação dessa divertida obra, fique atento(a) às novidades, e pra matar a saudade, aproveite a versão DEMO do jogo.

4shared


CONTROLES:

tecla x: MENU
barra de espaço: ENTRAR
enter
: ENTRAR
setas: DIREÇÃO
shift: ACELERAR

sábado, 22 de outubro de 2016

Weeaboo

Weeaboo NÃO é otaku!



Um weaboo é uma pessoa que fisga atenção tentando fazer o máximo possível para que todo mundo a sua volta saiba que ele gosta.

Por exemplo, se um weaboo é uma pessoa que gosta da cultura Japonesa, ele quer que o universo saiba, mesmo que ninguem tenhaperguntado isso a ele.

Fonte: japones de anime