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quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

desabafo para mim mesmo

Eu estava assistindo aquele filme: Primeiro da Classe (Front of the Class; 2008). E como quando começamos a pensar de forma construtiva, não conseguimos parar...

Sonhos, dedicação, amor, raiva...

Sonhos são máquinas do tempo, que nos levam na melhor das hipóteses ao futuro.

Dedicação é uma dose leve de obsessão, que pode nos colocar no caminho certo para nossos sonhos ou pesadelos.

A raiva é a consequência quase natural da frustração, do medo, da incerteza conosco e com o mundo.

E o amor é um veneno letal ao ser humano, ele pode ser administrado em doses pequenas ao longo de nossas vidas e nos fazer mais fortes, ou pode invadir nossa racionalidade e transformar tudo em caos e destruição, nos levando a raiva e confrontos internos e externos.

Quando o amor colocamos nas mãos de uma deidade, estamos afirmando que somos quem somos, porque nossas crenças e a de nossos antepassados nos trouxeram a essa conclusão que deve ser apreciada e amada.

Quando colocamos o amor nas mãos das pessoas, estamos jogados a incerteza de um jogo de probabilidades e estatísticas tão imenso quanto a própria existência. Pode dar certo, ou pode dar errado, a única certeza (quase) absoluta é que tem boas chances de ser marcante, e isso não é bom nem ruim.

Algumas pessoas dizem que existem sete palavras gregas para definir o amor, mas isso é parcialmente mentira, porque elas existem até hoje, caso contrário não compreenderíamos seu significado. A questão dessas palavras é que através do tempo e das culturas, nós mudamos.

Amamos muitas pessoas durante a vida, como vizinhos, amigos, irmãos, pais e mães; todos são diferentes tipos de amor que tem no verso de sua face, um fragmento de raiva.

O amor para manter-se fiel a suas crenças, o amor para ser obstinado em seus sonhos, o amor para existir da melhor forma possível em uma interação interpessoal a milênios cacofônica...

Ao mesmo tempo o amor é supervalorizado, fazendo parte de contos e histórias que podem definir vidas ou seculos, assim como o bater de asas de uma borboleta.

Ter a capacidade de sentir e racionalizar é realmente uma benção, mas a inabilidade de dominar nossos instintos, é o que nos prejudica mais, afinal, não aceitamos que podemos falhar por nossa própria culpa. E a culpa nos mata aos poucos, de remorso, arrependimento, frustração, e muitos outros motivos...


Não foi um filme que me fez pensar nisso, foi um filme que me fez querer cuspir para fora, tudo o que já estava preso. É como um estalar de dedos, que traz e leva a inspiração. Apenas um segundo é necessário para vermos dentro de nós mesmos, tão fundo que nem mesmo o mais denso escuro e abissal abismo interior possa apagar esse fragmento que logo em breve será apagado. Isso pode acontecer quando observamos uma formiga, vemos um dos raros pássaros voando, ou apenas nos calamos e admiramos nosso silêncio sem pesar em nada. Eu assim como toda a humanidade, tenho o costume de me culpar ou culpar os outros pela causa e feito que nós causamos ao mundo e as pessoas.

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